domingo, 18 de abril de 2010

CAMINHADAS NO FREIXO...SUCESSO GARANTIDO











Olá a todos







hoje venho falar-lhe das caminhadas em voga na nossa região, e em particular na nossa terra, o Freixo.




Beneficiamos estar localizados junto da Serra D´Ossa na sua encosta mais preservada, (a encosta poente) onde se encontram um conjunto significativa de plantas raras e ervas medicinais.Para alem do referido existe na região igualmente um vasto espolio de monumentos Megaliticos, alguns referenciados como Patrimonio Nacional.


È por estes factores que o Municipio de Redondo requalificou a Escola do Atalho e instalou alí o Ecomuseu do concelho de Redondo.Com tudo isto tão perto, as caminhadas vão-se realizando com alguma frequencia e neste momento há três grupos que as vão dinamisando: O Ecomuseu, a Slow Food, e a Casa do Povo de Freixo.

A ultima realizada pertenceu á Casa do Povo de Freixo, (que realiza menos do que devia) no dia 11 de Abril, com a participação de 42 caminheiros, que ao longo de 14 Km ficaram deslumbrados com o campo que todos eles conhecem, mas que nesta altura do ano está belo de se ver.Houve uma pequena paragem para a bucha, junto á barragem das Fontes, alí bem perto da encosta da serra, e no final um almoço ao ar livre junto ao edificio da Casa doPovo.Estas acções deveriam no entanto ter continuidade por parte dos dirigentes locais, com mais divulgação, com parcerias com instituições ambientais e ecologistas, já que quanto aos participantes tem o seu sucesso garantido. Por mim estarei sempre lá, junto ao meio onde nasci e de que tanto gosto.

sábado, 3 de abril de 2010

VIVER NO CAMPO É UM PRIVIGELIO




Olá a todos




É com bastante alegria que abordo este tema. Lembrei-me dele depois de um passeio pela minha serra, num dia de Primavera, solarengo, com uma brisa amena.

Fui apanhar cogumelos selvagens, que por esta altura começam a aparecer em quantidade apreciavel e este ano devido ás chuvas com grande qualidade.

Pelo caminho passando uma linha de água, encontrei poejos, poejos que pareciam hortigas grandes, grandes e viçosos. Resolvi percorrer ribeiro acima apanhando os mais proximos das margens, pois não leva-va botas de água, e qual a surpresa, encontrei agriões, agriões iguais aos poejos,mais lindos que os produzidos em estufas, e quando ao seu paladar, é melhor nem falar nisso.

No regresso e quase ao fim da tarde resolvi apanhar uns espargos, que este ano abundam por estes campos fora.

Digamos que não fui ao campo, mas sim ao "mercado". Claro que aproveitei para andar, respirar ar puro, ouvir e ver as aves, ver as plantas que começam a florir, num meio ambientalmente saudavel.

Sou pois obrigado a concluir, que é um previlégio viver onde muitos gostam de vir nos seus tempos livres.

J.I.



quarta-feira, 17 de março de 2010

PÁSCOA, BORREGO E CAMPO


Olá a todos


Hoje venho falar-lhe da época que se aproxima e das consequentes tradições locais.

A Páscoa, que para o Povo Cristão está cheia de simbolismo, marcando a Morte e Ressureição de Cristo...

Na Páscoa em que para o Povo Cristão mata o cordeiro...

Na Páscoa em que o Povo Cristão benze o alecrim e a oliveira no Domingo de Ramos...

Ficaria por aqui com estes exemplos e poderia continuar com bastantes mais, mas pretendo comparar com as nossas tradições locais.

Nós por cá comemoramos a Páscoa como sempre, e nos dias que antecedem a Páscoa toca de ir ao rebanho escolher o melhor borrego e toca de o matar, esfolar, cortar e claro comer.

Comer na Segunda feira de Páscoa, (que é feriado municipal) debaixo da sombra de um sobreiro ou azinheira, com o campo verdinho e florido, com a familia reunida, no campo.

Sei que o texto que acabo deescrever pode ferir sensibilidades de algumas facções, mas para mim o importante é falar de uma TRADIÇÂO que tem só 2010 anos e que defenderei sempre.

Matar o borrego, e não compra-lo no talho, assim como a matança do porco e o fabrico dos enchidos, faz parte da identidade das gentes da minha terra.

De igual forma a da benção dos ramos e da feitura de uma cruz de cana que se coloca nas searas, que se continua a fazer por cá.

Ligações naturais do Povo á Relegião e ao Campo, ao criador e ao meio onde foi criado, é por isso que pensando, estas coisas não acontecem por acaso...

Uma boa Páscoa para todos, com bom borrego, pão e vinho...

domingo, 14 de fevereiro de 2010

CASA DO POVO DE FREIXO NO CARNAVAL DE REDONDO



Olá a todos




Mais uma vez a Casa do Povo de Freixo, participou no desfile do Carnaval do Redondo, com um carro alegórico, muita alegria e com um tema interessante.

Deram-lhe o titulo " ANTIGAMENTE ERA ASSIM" e era nem mais nem menos que uma demonstração de trajes de trabalho desta terra.

Se neste carnaval de Redondo porventura esteve alguem ligado á etnografia e folclore, certamente ficou com água na boca, deliciado com a beleza e genuinidade dos trajes apresentados.

Estão pois de parabens, os participantes, a direcção da Casa do Povo, quem fez a recolha e escolheu os trajes e claro quem teve a ARTE de os costurar, pois importa sempre dizer que nesta sociedade de consumo onde tudo se compra usa e deita fora, que ainda há quem saiba costurar e coloque na rua trajes de tão importante relevo.

Esperamos que esta iniciativa seja para continuar, desta forma, diferente, porque nós somos iguais a todos os outros,

mas...

sempre diferentes!!!



João Inverno

domingo, 24 de janeiro de 2010

Água ,Água e mais Água


olá




Este ano tivemos inverno a valer. Dos de antigamente... dizem os mais velhos.

Na verdade choveu que se fartou, a ribeira do Freixo, encheu como há muitos anos não enchia, proporcionando a lavagem das tripas da matança do porco, que mais tarde darão os espectaculares enchidos...

Mas não é da matança do porco que hoje quero falar, mas sim das condições em que se encontra esta linha de água.

Pese embora nos ultimos anos não ter chovido esta ribeira como muitas mais não tem tido qualquer tipo de intervenção, e encontram-se em tal estado de abandono que quando chove como este ano saem para fora do seu leito e alagam terras e caminhos.

Não sei quem são as entidades competentes, o que sei é que é necessário limpar e conservar o leito e margem desta ribeira, ribeira que nasce na encosta da serra e passa pelo Freixo, na área do Ecomuseu de Redondo e que daria um lindo percurso pedestre se fossem criadas condições para tal.

Talvez o Municipio e o Ecomuseu de Redondo "que se fala vir a ser concessionado" tenham uma palavra a dizer nesta materia...

Nós por cá ficamos a aguardar!

domingo, 10 de janeiro de 2010

CANTAR OS REIS


Era quase meia noite, quando um grupo de gaiatos, rapazes e raparigas e homens e mulheres se aproximaram da minha porta, e só um bateu e disse: "Oh Patrão pode-se cantar os reis ou não?...Pode ou não?...".Assim se dá continuação ao cantar dos reis.

Não confundo dar continuação, com retomar a tradição, pois hoje nada é como dantes!...

Os tempos são diferentes, os objectivos do cante outros, a forma de receber outra, os donativos diferentes, portanto posso dizer que a tradição já não é o que era.


Longe vão os tempos em que os pequenos grupos cantavam á porta das familias mais abastadas, por necessidade, na procura de uma esmola avultada, percorrendo os caminhos lamacentos de monte em monte toda a noite."Dizem os mais velhos que a esmola maior era a do Monte do Paço, e que quando o grupo era maior se dividiam em dois, para obter melhores resultados"

Carne nova de porco "chouriço, farinheiras e cacholeiras" frutas e frutos secos, pão, vinho e aguardente eram as esmolas de que ainda tenho memoria, e claro um bagacito á porta.


Hoje como disse atraz, tudo é diferente. As pessoas recebem os cantadores em casa com a mesa posta e já é quase um concurso da melhor mesa da noite, e as esmolas salvo raras excepções, foram transformadas em dinheiro.


Da tradição digo que ficou a letra e a forma de cantar, tudo o resto se tranformou, porque o Mundo e as pessoas se transformaram. Contudo tendo uma visão critica do assunto, não posso deixar de apoiar este grupo, e de continuar a ser um entusiasta cantador de reis (este ano não por questões de saude) pela minha aldeia, e de pensar que é necessário ir integrando os mais novos todos os anos.




domingo, 3 de janeiro de 2010

CAÇA UM RECURSO QUASE PERDIDO


lembro-me dos tempos em que a caça era um desporto praticado por quase todos os habitantes do sexo masculino da aldeia, e de como esta abundava por estas bandas.

lembro-me que todo o terreno era livre, a caça era praticada todos os dia e havia especies de caça a pontapé. Lembro-me da festança que era ir á caça!!!

lembro-me que a seguir apareceram os coutos particulares, depois as reservas do estado, depois tudo livre e hoje todo o terreno ordenado.
Não posso dizer, nem quero que o desaparecimento da caça se deva a esta evolução do ordenamento e gestão da caça.
Não quero dizer nem posso que o desparecimento da caça se deva ao abandono quase total das terras araveis e cultivaveis.
Não quero nem posso dizer que tal se deva á incrementação de pesticidas.
Não posso dizer que a causa sejam uns inergumenos que caçam de noite, matam e afugentam as espécies e que são apelidados de caçadores furtivos, que as autoridades não sabem ou fingem não saber quem são, e que se passeiam tranquilamente pelos campos de noite.

Não sei se serão todos estes factores em conjunto que contribuem para o quase desaparecimento das nossas especies cinegeticas, o que sei é que é urgente que proprietarios, gestores, caçadores e autoridades se envolvam todos conjuntamente na preservação das especies sedentarias da nossa região, olhando para elas como um meio economico, desportivo e de desenvolvimento regional, se tal não acontecer rapidamente, corremos o risco de só podermos mostrar as espécies aos nossos netos em fotografias.

Não é impossivel, basta haver senssibilidade e querer!!!